Ao longo dos anos, venho atendendo muitas
pessoas, tanto neurotípicas, neurodivergentes, quanto aquelas no espectro do
autismo, que se beneficiaram em realizar um trabalho de psicoterapia.
Pode haver momentos na vida em que ver um profissional psicólogo treinado e experiente pode ajudar em uma situação de crise, melhorar a compreensão de si mesmo e dos outros e melhorar a interação com o mundo externo.
Contudo, encontrar um psicólogo que seja
especialista em transtorno do espectro autista em adultos, neurodivergente é
muito importante.
Se o profissional for especialista em autismo
isso é uma relevância, mas nem sempre é uma garantia de uma relação terapêutica
com conexão afetiva, acolhimento, confiança e empatia.
Não vou abordar os vários tipos de modalidades
terapêuticas que um psicólogo pode usar ao trabalhar com alguém adulto no
espectro do autismo, mas o que vejo são os princípios fundamentais que devem
informar a abordagem de um psicólogo, como sua experiência, ética,
profissionalismo e acima de tudo humanidade.
Infelizmente, faltam pesquisas nesta área do
autismo em adultos, mas aqui está o que aprendi ser as qualidades mais
importantes que um psicólogo pode ter ao trabalhar com alguém com uma pessoa
autista adulta.
Compreensão
A primeira e mais importante qualidade que um
psicólogo deve ter é uma profunda compreensão das pessoas no espectro do
autismo. Se isso não for possível, o psicólogo deve estar disposto a
aprender sobre pessoas no Transtorno do Espectro Autista.
- Entender
o quão traumático e exaustivo é para algumas pessoas no espectro viver em
um mundo neurotípico e constantemente se sentirem como um estranho.
- Reconhecer
o trauma que alguns sofreram ao frequentar escolas que não acomodavam a
diferença e onde a pessoa autista pode ter enfrentado vergonha, bullying e
mensagens negativas.
- Reconhecer
que mulheres autistas apresentam neurodesenvolvimento diferentes dos
homens autistas.
- As
mulheres são mais vulneráveis ao assédio sexual, assédio moral, estupros,
violência doméstica/psicológica e relações abusivas.
- Reconhecer
o quão difícil é para um adulto autista estabelecer interações sociais,
manter amigos, buscar lazer e diversão.
- Reconhecer
o quão difícil é para um adulto autista estabelecer relações sociais e
eróticas-afetivas no namoro e no casamento.
- Compreender
na pessoa autista o impacto da ansiedade, depressão ou outros transtornos
psiquiátricos, considerar transtornos neurológicos como TDAH, epilepsia,
considerar os transtornos sensoriais (hipo e hiper), estereotipias (sitmming),
alexitimia, dispraxia, todos são implacáveis nas esferas da vida da pessoa
autista.
Método de Comunicação
O próximo ponto é a maneira pela qual a
psicoterapeuta se comunica. Pessoas autistas tendem a ter uma resposta mais
positiva a um psicólogo que:
- Tenha
bom humor, flexibilidade amorosa e possa ser firme quando necessário.
- Possa
pensar criativamente e está disposto a pensar fora da caixa para encontrar
maneiras de resolver os problemas.
- Saber
conversar sem julgamentos e usar uma linguagem objetiva, concreta e direta,
sem metáforas, mas seja gentil.
- Pode
falar com um tom de voz suave, calmo, não reativo e gentil.
- Estar
atento a acomodar questões sensoriais, como iluminação, som e temperatura
preferidos.
Abordagem
Finalmente, é imperativo que um psicoterapeuta
que trabalhe com alguém no espectro possa interpretar as áreas da vida que a
pessoa pode não entender intuitivamente.
- Estar
disposto a oferecer assistência prática e explícita, e não esperar que a
pessoa chegue ao que pode parecer uma conclusão óbvia.
- Agindo
como um guia social, solucionador de problemas e ajudar a tomar
decisões.
- Entende
como as mudanças no ambiente podem ter um tremendo impacto no estado
emocional de alguém.
- Envolver-se
com a pessoa usando seus interesses.
- Saber
quando avançar e quando recuar nos aspectos socioemocionais.
- É
importante que pessoas autistas adultos procurem ajuda gostem, respeitem e
se sintam compreendidos por seu psicoterapeuta.
- Se
a relação psicoterapeuta/cliente não estiver funcionando, não há problema
em mudar para um provedor diferente.
- A
chave é encontrar alguém que possa conhecer a pessoa onde ela está,
aceitar as diferenças nos estilos de comunicação e comportamento e
fornecer o tipo de orientação necessária para ajudar a pessoa a ter
sucesso.
A Psicóloga Marina Almeida é especialista em
Transtorno do Espectro Autista.
Realizo psicoterapia online ou presencial para
pessoas autistas adulta, neurotípicas e neurodiversas.
Realizo avaliação neuropsicológica online para
diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista em Adultos e TDAH.
Agende uma consulta no WhatsApp (13) 991773793.
Marina S. R. Almeida – CRP 06/41029
Consultora Ed. Inclusiva, Psicóloga Clínica e
Escolar
Neuropsicóloga, Psicopedagoga e Pedagoga
Especialista
Licenciada no E-Psi pelo Conselho Federal de
Psicologia para atendimento de Psicoterapia on-line
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