Por Neurosaber Data de publicação21/04/2021
Não há um exame para diagnosticar o Transtorno do
Espectro Autista (TEA), mas sim ferramentas como a escala M-chat, além de
entrevistas com os pais e observação da criança.
A escala M-CHAT é um dos testes mais usados no diagnóstico do autismo, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria. O diagnóstico precoce do autismo é fundamental para a eficácia do tratamento e os testes ajudam nesse processo.
Embora existam outros testes usados no diagnóstico
do autismo, como o ADI-R e o ADOS, a escala M-chat é a mais comum na triagem
para o TEA. Saiba mais, neste artigo.
Diagnóstico
de autismo
O diagnóstico precoce do autismo favorece o
tratamento, já que as estratégias realizadas na primeira infância podem
amenizar os sintomas. Os primeiros sinais de TEA podem ser percebidos quando as
crianças ainda são muito pequenas, como não responder ao próprio nome,
dificuldades na interação social, atrasos na fala, entre outros.
Para realizar o diagnóstico de autismo é necessária
uma avaliação dos sintomas da criança, onde se analisa a necessidade de fazer
uma triagem, que inclui o uso de testes, como a escala M-Chat. Além dessa
ferramenta, o profissional observa o comportamento da criança e faz entrevistas
com os pais.
Os testes de autismo ajudam a fornecer pistas que contribuem
para o diagnóstico precoce. A escala M-chat deve ser aplicada por um
profissional capacitado para não só aplicar, mas avaliar as respostas do teste.
Testes
de autismo
Os testes de autismo não são suficientes para
realizar o diagnóstico de TEA, mas fornecem pistas importantes sobre indícios
de atrasos significativos que demandem uma maior investigação.
O profissional que avalia uma criança com sinais de
autismo, depende da observação clinica, da conversa com os pais e dos testes de
autismo para realizar o diagnóstico. Nestes, são avaliadas habilidades da
criança nas áreas da linguagem, comunicação, atenção e comportamento.
Como
funciona a escala M-Chat
A escala M-Chat é um teste de autismo que contribui
para o diagnóstico precoce. Para que ela tenha ainda mais eficácia, pode ser
complementado com outros testes como a Entrevista de Diagnóstico de Autismo
Revisada (ADI-R) e a Programação de Observação Diagnóstica para Autismo
(ADOS).
A escala M-Chat é um teste com perguntas dirigidas
aos pais, realizado quando a criança tem entre um ano e dois anos e meio. A
Entrevista de Seguimento é a segunda parte do M-chat. Ao final, soma-se os
pontos e o resultado indica a possibilidade de autismo, mas não confirma o
diagnóstico.
Quando a pontuação na escala M-Chat for muito alta,
o profissional faz o encaminhamento da criança para uma equipe
multidisciplinar.
Como
funciona a classificação da escala M-chat
Para avaliar o risco de autismo, é preciso examinar
a pontuação no teste M-Chat de acordo com os seguintes critérios:
·
0 a 2 – Risco baixo — a chance de confirmar o
diagnóstico de autismo é baixa. Com essa pontuação não é preciso aprofundar a
investigação, ainda que seja recomendado repetir o teste em crianças com menos
de 2 anos.
·
3 a 7 – Risco moderado — o médico segue para a
segunda etapa do M-chat — a Entrevista de Seguimento, para reunir mais
informações sobre os sinais de autismo.
·
8 a 20 – Risco alto — os pais devem procurar um
especialista para confirmar o diagnóstico de autismo com essa pontuação. Nesse
caso, não há necessidade de fazer a Entrevista de Seguimento.
Dessa forma, quando a pontuação na escala M-Chat
for maior ou igual a 2, ela pode indicar autismo e a criança deve ser
encaminhada para um especialista. Caso o resultado da pontuação estiver entre 0
e 1, não há autismo, mesmo que seja recomendado repetir o teste posteriormente.
No entanto, quando a pontuação estiver entre 8 e 20
o risco de autismo é bem alto. Se você perceber sinais de autismo em seu filho
ou aluno, é preciso encaminhá-lo para uma avaliação com um profissional
especialista.
Se restou alguma dúvida sobre o que é a escala
M-Chat, deixe nos comentários.
Referências:
LOSAPIO, Mirella Fiuza and PONDE,
Milena Pereira. Tradução para o português da escala M-CHAT para rastreamento
precoce de autismo. Rev. psiquiatr. Rio Gd. Sul [online].
2008, vol.30, n.3 [cited 2021-02-23], pp.221-229.
CARVALHO, Felipe Alckmin et al. Rastreamento de
sinais precoces de transtorno do espectro do autismo em crianças de creches de
um município de São Paulo. Psicol. teor. prat. [online].
2013, vol.15, n.2 [citado 2021-02-23], pp. 144-154 .
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